quinta-feira, 28 de julho de 2011

Alive: Foo Fighters agressivos

Foo Fighters , banda do ex-NIRVANA Dave Grohl 
Foo Fighters é sinónimo de Dave Grohl e Dave Grohl costuma ser sinónimo de diversão e "palhaçada" bem à moda de quem faz rock a séria, como o próprio disse ser o objectivo primário da banda. Mas hoje houve mais agressividade do que se esperava.

Com muitas botas Doc Martens e centenas de t-shirts dos Nirvana entre o público (ninguém esquece que Grohl foi baterista da mítica banda grunge dos anos 90), o concerto dos Foo Fighters encheu o ego dos fãs. Num concerto de mais de hora e meia, as guitarras destes americanos não se fartaram de soltar acordes cada vez mais e mais poderosos para pôr os fãs a mexer. Nem o próprio líder já se lembra de quando foi a última vez que esteve em Portugal e no público também não foram muitos os que estiveram nesse concerto. No entanto, desta vez quem foi aguentou-se estoicamente até ao fim, mesmo depois do encore que incluiu mais que um tema.

O alinhamento desta noite mostrou canções do novo álbum "Wasting Light", como 'White Limo'. Um disco com sons mais pesados e rápidos, de puro rock, como o próprio Grohl fez saber: «Sempre que virem computadores numa banda de rock desconfiem. Fizemos este álbum todo na minha garagem e rock é isso mesmo: pessoas e instrumentos, não há cá computadores», revoltou-se o líder dos Foo Fighters, numa das muitas intervenções com o público sempre pontuadas no início, no fim e no meio com a interjeição "fuck".

Dave Grohl, headbanger profissional, sempre a mascar pastilha, com ar de gozão, deu o seu melhor para agarrar o público, já cansado, e conseguiu fazê-lo com músicas como 'The Pretender', 'Everlong' e 'Breakout'.

Já o concerto levava mais de uma hora quando Grohl apresenta, sempre com base na risota, os restantes membros da banda, deixando mesmo o baterista cantar um tema. De destacar, aqui, a grande exibição de guitarras e o despique guitarra/bateria ensurdecedor mas, sem dúvida, essencial para manter os ânimos em alta.

Falando agora de portugueses soube bem ouvir, finalmente, uma banda nacional no palco secundário. OsGolpes, que se diz fazerem a "ponte" entre os Heróis do Mar e os Strokes mostraram bem a bandeira portuguesa neste concerto onde o rock se misturou com outras sonoridades. O projecto, que já conta com dois álbuns, "Cruz Vermelha Sobre Fundo Branco" e "G", foi com este segundo que começou a dar nas vistas muito graças à colaboração com o ex-Herói do Mar, Rui Pregal da Cunha, que também não faltou à chamada do Alive para, já fim do concerto, recordar 'Paixão'. Naturalmente que também não faltou o 'Vá Lá Senhora' para pôr algumas pessoas a dançarem em roda.

Nota menos positiva para Kele que se atrasou tanto na sua subida ao palco que, o pouco público que aguardava por um "cheirinho" do seu indie rock, acabou por desistir e render-se à Foo(l) fight que se disputava no palco principal.

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